Problemas dos aparelhos auditivos

O uso do AASI requer, por parte do profissional de saúde, muitos cuidados em relação às orientações e treinamento de situações que possam envolver o bom funcionamento do aparelho. Isso parte desde explicações para o aparelho selecionado até o gerenciamento diário. Algumas dúvidas podem surgir no processo de indicação e de adaptação do aparelho auditivo e cabe ao profissional de saúde explicá-las e resolve-las. Entre algumas dúvidas comuns estão:

Como saber que o aparelho auditivo não está funcionando?

O aparelho auditivo emite sons e apitos quando é ativado. Sempre que você realizar todos os procedimentos corretos para ligar o seu AASI – colocar a pilha (verificar se o lado está correto), certificar-se que a caixa de pilhas está corretamente fechada, se não há nada impossibilitando a saída de som – pode ser um sinal que algo está errado no funcionamento do seu aparelho. Procure seu fonoaudiólogo que ele realizará uma avaliação e verificação do estado geral do aparelho.

Quais motivos levam um aparelho a não funcionar?

Os aparelhos auditivos são compostos internamente por microfone, receptor e amplificador. Como qualquer produto eletrônico está suscetível a falhas e danificações em seus componentes internos. Quando ocorrem falhas nesses mecanismos o funcionamento do AASI estará comprometido e terá sua qualidade reduzida. Os aparelhos necessitam de cuidados no seu gerenciamento diário, a fim de evitar que problemas de ordem externa e interna possam reduzir a qualidade e o tempo de vida útil de seu aparelho.

Destaca-se alguns problemas comuns e soluções para evitar transtornos:

Problemas externos

Excesso de cerumem: Cuidados com relação a produção de cera pode interferir no bom funcionamento e na qualidade de amplificação do seu aparelho. Aparelhos auditivos podem ser utilizados com molde auricular ou com tubos. Se eles estiverem obstruídos com excesso de cera pode ocasionar na diminuição da capacidade de amplificação do seu aparelho. Nos aparelhos intra-canais (que ficam diretamente dentro da orelha), a cera pode entrar no aparelho e causar dano nos componentes internos. Quando desse problema, poderá fazer com que o aparelho emita sons intermitentes, ocasionando microfonia. A forma de resolver esse problema é consultar com Otorrinolaringologista a cada 6 meses, e caso tenha a produção de cera muito acentuada, ir com maior freqüência e tomar cuidados de higienização.

Rachaduras no aparelho: É um problema bem comum e que pode ser evitado com mais atenção nos cuidados ao seu aparelho. Isso ocorre, geralmente, em quedas ou batidas, assim alterando a qualidade do som e a capacidade do aparelho funcionar, podendo levar a sofrer problemas internos por não estar protegendo os componentes responsáveis pelo seu funcionamento.

Mau fechamento da tampa de pilha: Pode fazer com que o aparelho não ligue ou fique com seu funcionamento instável.

Problemas internos

Utilização de pilhas: Certificar-se que o modelo é o correto, esteja colocado corretamente no aparelho e se ainda possui carga. Quando a pilha está acabando, o seu AASI emite sons para avisar. Esteja atento a eles e converse com seu Fonoaudiólogo para saber diferenciar os sons que ele emite e não se confundir.

Excesso de umidade: Um dos problemas mais comuns e freqüentes nos atendimentos. O aparelho auditivo absorve muita umidade durante o dia. Como possui componentes importantes e, de certa forma, frágeis internamente, necessita de secagem para potencializar seu funcionamento e prolongar seu tempo de utilização. Para isso todo o usuário de aparelho auditivo necessita da utilização de Silica. A sílica é um produto sintético responsável por absorver a umidade acumulada no aparelho. Sempre após a utilização do seu AASI, ele deve dormir no pote de sílica a fim de diminuir sua umidade e evitar problemas nos mecanismos internos. Quando da não utilização do produto com freqüência, o aparelho pode começar a apresentar problemas como distorção dos sons até ao limite que é o não funcionamento das peças responsáveis por amplificar o som.

A Telesom recomenda que em todos os casos você converse com seu Fonoaudiólogo e evite que isso seja um transtorno e que reduza a qualidade do seu aparelho. Em alguns casos o AASI necessita de reparos internos no laboratório para retomar seu funcionamento. Em outros casos, sugere-se a troca do aparelho.